
O impacto de decisões judiciais no futebol brasileiro já foi sentido em diversas ocasiões, como no caso de Sandro Hiroshi, que ocasionou até em uma edição especial do Brasileirão.
Situações como essa mostram por que casos polêmicos do futebol seguem em pauta nos sites de apostas, movimentando análises e debates acalorados. Aposta é assunto para adultos.
Vamos recordar essa curiosa história em que Sandro Hiroshi foi desmascarado como ‘gato’, desencadeando, assim, a criação da Copa João Havelange.
O caso Sandro Hiroshi
O Campeonato Brasileiro de 1999 ficou marcado por polêmicas, entre elas, o caso Sandro Hiroshi. Ele se destacou no Campeonato Paulista do mesmo ano, defendendo o Rio Branco, com 16 gols em 26 jogos.
Dessa forma, chamou a atenção de vários clubes e foi contratado pelo São Paulo, com apenas 19 anos, se mostrando um atleta promissor. Porém, a negociação foi parar na CBF, a Confederação Brasileira de Futebol.
O Tocantinópolis-TO solicitou o recebimento de um valor na transação e, com isso, foi descoberto que o jogador era um gato, termo utilizado para quem adultera a identidade no futebol.
Portanto, Sandro Hiroshi era um ano mais velho do que constava em sua identidade, mudança realizada para que ele jogasse uma competição em 1994, na categoria dente de leite.
Ciente dessa situação, Botafogo e Internacional solicitaram a anulação de seus jogos contra o São Paulo, já que o jogador estava irregular. Dessa forma, ambos levaram a melhor e receberam os pontos da partida, o que salvou o Fogão do rebaixamento e rebaixou o Gama.
O time carioca havia levado 6 a 1 do São Paulo, mas com a pontuação no tribunal deixou a zona do rebaixamento. Porém, a equipe do Distrito Federal entrou na Justiça Comum contra a CBF para evitar o rebaixamento e, com essa ação, a entidade ficou impossibilitada de organizar o Campeonato Brasileiro de 2000.
Com toda essa situação, o Clube dos Treze tomou a frente e organizou a Copa João Havelange em 2000. Dessa forma, todos os clubes da Série A de 1999 disputaram, além do Fluminense, América-MG e Bahia, que estavam na Série B.
O que aconteceu com Sandro Hiroshi?
Sandro Hiroshi recebeu uma punição de 180 dias do STJD, mas também precisou responder na Justiça Comum por falsidade ideológica. O São Paulo deu apoio ao atleta, pagando os seus salários normalmente e também prestando apoio psicológico.
O atacante ainda chegou a jogar pelo Tricolor em 2002, encerrando sua passagem com 17 gols em 89 jogos pelo clube. Após isso, ainda passou por Flamengo, Figueirense e Guarani no Brasil. Fora, defendeu Daegu, Chunman Dragons e Suwon Bluewings no Futebol Sul-Coreano.
Retornando ao Brasil, passou por América de Natal, Santo André, Red Bull Brasil, Inter de Limeira e encerrou onde começou, no Rio Branco em 2013, longe de ter o sucesso esperado.