Quem busca palpites de hoje para apostar precisa ir além das estatísticas e analisar também a confiabilidade da fonte. No Brasil, a regulamentação do mercado de apostas, em vigor desde 1º de janeiro de 2025, trouxe regras importantes para proteger o consumidor. Ainda assim, segundo o estudo “Incidência de Apostas Ilegais no Brasil”, realizado pelo Instituto Locomotiva com apoio do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR), uma parcela significativa dos apostadores segue recorrendo a plataformas não licenciadas — muitas vezes sem perceber.
Essa falta de atenção à origem da informação pode colocar o jogador em risco. Operadores ilegais usam estratégias como nomes semelhantes a marcas regulamentadas, mudanças constantes de domínio e publicidade sem controle, explorando a confiança de quem busca dicas rápidas para apostar.
Riscos e impactos do mercado ilegal
O uso de plataformas não regulamentadas afeta não apenas o apostador individual, mas também a economia do país. De acordo com a pesquisa apoiada pelo IBJR, entre R$ 1,8 bilhão e R$ 2,7 bilhões deixaram de ser arrecadados apenas nos três primeiros meses de 2025. A projeção anual chega a R$ 10,8 bilhões — valor suficiente para pagar o salário anual de até 184 mil professores da educação básica ou financiar 41 mil casas do programa “Minha Casa, Minha Vida”.
Além do prejuízo econômico, o apostador que busca palpites em canais não confiáveis fica vulnerável a golpes e à falta de suporte. Os dados do Instituto Locomotiva mostram que:
- 78% dos entrevistados têm dificuldade para diferenciar plataformas legais das ilegais;
- 72% não conseguem sempre verificar a regularidade do site antes de apostar;
- 46% já depositaram dinheiro em sites que, depois, descobriram ser falsos ou irregulares.
Esses números reforçam a importância de cruzar qualquer análise ou palpite recebido com informações de plataformas regulamentadas.
Como identificar fontes seguras de palpites
O IBJR orienta que o apostador priorize plataformas licenciadas pela Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA). Essas empresas seguem protocolos rigorosos, como:
- Uso obrigatório do domínio “.bet.br”;
- Cadastro com reconhecimento facial, bloqueando acesso de menores de idade;
- Limites de perdas financeiras e tempo de jogo;
- Transações apenas via PIX ou débito em conta do titular;
- Mecanismos de autoexclusão para jogadores vulneráveis.
Fernando Vieira, presidente executivo do IBJR, ressalta que é essencial manter campanhas educativas e punir operadores ilegais para proteger o mercado e o consumidor. Já Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva, alerta: “A confusão do consumidor é explorada por esses operadores, e é fundamental reforçar a comunicação clara sobre os riscos”.
Assim, ao buscar palpites de hoje, vale sempre verificar se a fonte está ligada a uma operadora licenciada. Essa simples checagem aumenta a segurança da aposta e contribui para um mercado mais transparente e benéfico para toda a sociedade.