• Pular para navegação primária
  • Skip to main content
  • Pular para sidebar primária
  • Privacidade
  • Fale Conosco
  • Regras para os comentários
  • Expediente

Rede Noticia

Notícias, Loterias e Entretenimento

  • Início
  • Notícias
  • Resultados da Loteria
  • Televisão
  • jogos
Você está aqui: Home / Brasil / Expressão não verbal ajuda a diagnosticar a depressão

Expressão não verbal ajuda a diagnosticar a depressão

criado em: 23/02/2016,
última modificação: 22/02/2016 by Martha Ramazotti

José Tadeu Arantes | Agência FAPESP – Segundo projeção da Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão alcançará, na década de 2030, a primeira posição entre as doenças com maior prevalência no mundo. O transtorno já afeta cerca de 7% da população mundial, conforme informou o ex-secretário-geral das Nações Unidas Kofi Annan, na abertura do seminário “The Global Crisis of Depression” (A Crise Global da Depressão), promovido pela revista The Economist no final de 2014. Contrastando com a imagem de euforia tantas vezes associada aos brasileiros, um estudo conduzido em 18 países, divulgado pela OMS em 2011, apontou o Brasil como aquele com maior número de pessoas afetadas pela enfermidade.

A alta incidência da doença no Brasil foi confirmada por levantamento mais recente, a Pesquisa Nacional de Saúde, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Ministério da Saúde (MS) em 2014. Segundo o estudo, cerca de 11 milhões de pessoas têm depressão no país.

Uma pesquisa, realizada no Hospital das Clínicas e no Hospital Universitário, ambos vinculados à Universidade de São Paulo (USP), investigou a expressão não verbal da depressão: “Indicadores de expressividade e processamento emocional na depressão”. O estudo, coordenado por Clarice Gorenstein, professora do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, teve o  da FAPESP .

A pesquisa contou com a participação da pós-doutoranda Juliana Teixeira Fiquer, também pela FAPESP .

“Geralmente, o diagnóstico da depressão e a avaliação dos resultados do tratamento são feitos mediante a aplicação de questionários-padrão. As respostas do entrevistado, juntamente com as observações do entrevistador, possibilitam definir o quadro e, depois, acompanhar a evolução da pessoa. Esse tipo de instrumento tem a vantagem de estabelecer uma linguagem comum, universal. Mas depende essencialmente daquilo que a pessoa fala. E negligencia um outro aspecto, o da comunicação não verbal, que é exatamente aquilo que a pessoa não fala. Nossa pesquisa teve por foco esse outro aspecto”, disse Gorenstein à Agência FAPESP.

Parâmetros corporais

A expressão não verbal, que diz “aquilo que a pessoa não fala”, é definida por um amplo conjunto de parâmetros corporais, como postura de ombros e cabeça; movimentos de cabeça, gerais ou de concordância/discordância; curvatura da boca; sorriso (simétrico ou assimétrico), movimentações de sobrancelhas (testa franzida; levantar de sobrancelhas); contato ocular; corpo inclinado na direção do entrevistador, silêncio, choro, entre outros.

“Esses parâmetros podem ser observados de maneira genérica ou de modo sistemático. Nossa pesquisa buscou exatamente definir uma metodologia de observação sistemática – algo sobre o qual havia muito pouco estudo, principalmente no Brasil”, comentou a pesquisadora.

A pesquisa investigou 100 pessoas já diagnosticadas com depressão (grupo-depressão) e 83 pessoas que sabidamente não tinham depressão (grupo-controle). Cada pessoa, com ou sem depressão, passou por entrevista durante 15 minutos, ao longo dos quais seu comportamento foi filmado. Uma sequência de cinco minutos de cada filmagem foi posteriormente analisada por dois avaliadores “cegos” – isto é, que não sabiam se a pessoa filmada era integrante do grupo-depressão ou do grupo-controle. Os avaliadores deviam considerar, em cinco minutos de filme analisado, a frequência de manifestação dos parâmetros não verbais mencionados. “Para analisar cinco minutos de filme, cada avaliador precisou em média de uma hora de trabalho”, informou Gorenstein.

“Percebemos uma diferença significativa no comportamento dos dois grupos em relação a esses parâmetros. Considerando apenas alguns exemplos, em uma escala de pontuação de 0 a 10, foram obtidos os seguintes resultados: sorrisos, 2,3 para o grupo-controle e 1,0 para o grupo-depressão; contato ocular, 8,4 e 6,8. Já os escores do grupo-depressão foram maiores do que os do grupo-controle em relação às variáveis choro (0,8 e 0) e cabeça curvada para baixo (1,8 e 0,7)”, prosseguiu.

A expressão não verbal pode confirmar ou desmentir a expressão verbal. Daí o interesse em incorporá-la ao processo de diagnóstico e avaliação. “A comunicação não verbal é uma resposta reflexa. E, a menos que haja da parte do entrevistado uma determinação e uma capacidade muito fortes de controlar a linguagem do corpo, esta tenderá a expressar aquilo que não é exposto na fala, que não passa pelo crivo da fala. Principalmente no contexto clínico, a pessoa pode querer mostrar uma melhora, que efetivamente não teve, ou pode tentar esconder uma melhora, com medo de perder o atendimento. A comunicação não verbal ajudará o avaliador a formar um quadro mais realista”, argumentou Gorenstein.

Anamnese psiquiátricas

Além da avaliação dos parâmetros não verbais, os pesquisadores aplicaram também os questionários-padrão usualmente utilizados nas anamneses psiquiátricas. Esses questionários, baseados na expressão verbal, elegem alguns tópicos, como tristeza, pessimismo, perda de interesse, culpa, choro etc., e, para cada tópico, oferecem ao entrevistado um leque de opções. Por exemplo, para o tópico “tristeza”, há uma escala que vai de “eu não me sinto triste” até “eu me sinto tão triste que não posso aguentar”. Quando todos os dados foram reunidos em histogramas, a diferença entre o grupo-depressão e o grupo-controle tornou-se muito evidente.

Depois da entrevista inicial, os indivíduos do grupo-depressão receberam tratamento antidepressivo farmacológico, com a administração de cloridrato de sertralina, um inibidor da recaptação da serotonina, entre outros procedimentos terapêuticos. “No grupo-depressão, como regra, o tratamento fez aumentar a expressividade facial, a expressividade do tom de voz, a inclinação do corpo na direção do entrevistador e alguns outros parâmetros sugestivos de interesse social e afetos positivos”, afirmou Gorenstein.

Uma possível aplicação da pesquisa é oferecer aos profissionais envolvidos no atendimento à saúde critérios não verbais para a definição de diagnósticos. No Brasil, 50% das queixas inespecíficas na procura de atendimento na atenção básica são na realidade casos de transtorno depressivo ou de ansiedade. Um clínico atento à expressão não verbal da depressão pode indicar uma investigação mais profunda quando for o caso. Outra aplicação é aferir a eficácia de determinados tratamentos na melhoria do quadro depressivo.

Compartilhe essa notícia

  • Publicar

Curtir isso:

Curtir Carregando...

Arquivado em: Brasil, Saude e Vida

Sidebar primária

Resumo “Vale Tudo” 23/06: Fernanda apoia Tiago, e André sente ciúmes

Resumo da novela "Vale Tudo" em 23/06: no capítulo 073(*) da novela, Raquel manda Maria de Fátima reaver os documentos de Sarita. Celina e Estéban discutem por causa de Heleninha. Laís conta a Raquel … [Ler Mais...] sobreResumo “Vale Tudo” 23/06: Fernanda apoia Tiago, e André sente ciúmes

Resumo “Dona de Mim” 23/06: Jaques vai ao hospital atrás de Vanderson

Resumo da novela "Dona de Mim" em 23/06: no capítulo 049(*) da novela, Filipa faz sua apresentação na rua, e Davi transmite ao vivo para a família. Danilo reage a Filipa, e Pam e Jaques percebem. Leo … [Ler Mais...] sobreResumo “Dona de Mim” 23/06: Jaques vai ao hospital atrás de Vanderson

Resumo “Garota do Momento” 23/06: Vera aconselha Lígia a se declarar para Raimundo

Resumo da novela "Garota do Momento" em 23/06: no capítulo 198(*) da novela, Zélia se empenha em tirar uma confissão de Juliano. Juliano descobre a escuta. Bia chega à fábrica. Vera aconselha Lígia a … [Ler Mais...] sobreResumo “Garota do Momento” 23/06: Vera aconselha Lígia a se declarar para Raimundo

Resumo “História de Amor” 23/06: Rafaela conta a Paula que Olga foi consolar Helena

Resumo da novela "História de Amor" em 23/06: no capítulo 115(*) da novela, Luizinho vê um dedo do pé de Assunção mexer e chama a enfermeira, mas ela não acredita nele. Assunção mexe o pé novamente, … [Ler Mais...] sobreResumo “História de Amor” 23/06: Rafaela conta a Paula que Olga foi consolar Helena

Resumo “A Viagem” 23/06: Téo decide não ir mais embora

Resumo da novela "A Viagem" em 23/06: no capítulo 031(*) da novela, Fátima mostra a Cininha suas roupas do tempo de vedete. Alberto diz a Téo que, no episódio da morte de Alexandre, ele tem mais pena … [Ler Mais...] sobreResumo “A Viagem” 23/06: Téo decide não ir mais embora

Copyright © 2025 ·

%d