O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), na cidade de São Paulo, medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) subiu de 0,04% para 0,11%, entre a segunda e a terceira quadrissemana de julho. O maior avanço ocorreu no grupo despesas pessoais (de 0,33% para 0,98%).
Em saúde, a taxa teve alta de 0,6% ante 0,43%. No grupo habitação, o índice avançou 0,33% ante 0,22% e em educação, houve elevação de 0,16% ante 0,05%. Já no grupo alimentação, que sempre pesa mais no orçamento familiar, os preços tiveram queda mais acentuada ao passar de -0,49% para -0,69%.
No grupo vestuário também foi constatada redução de preços com variação de -0,33% ante -0,22%. Em transportes, foi verificado um leve decréscimo com a taxa passando de 0,1% para 0,07%.
Marli Moreira – Repórter da Agência Brasil
Edição: Denise Griesinger
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Medidas que liberam recursos para empréstimo não mudam previsões de inflação
As medidas anunciadas liberando recursos para os bancos emprestarem a empresas e famílias não alteram as projeções de inflação do Banco Central (BC). Essel posicionamento foi divulgado pela autarquia como resposta a jornalistas que questionaram se as medidas iriam em sentido contrário à estratégia de controle da inflação.
“O banco acabou de divulgar a ata [da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC], da qual consta a descrição do cenário para a inflação. Além disso, cabe destacar que, como está claro na ata, neste cenário, leva-se em conta a evolução esperada para o mercado de crédito. Em suma, essas medidas em nada alteram as projeções de inflação do Banco Central do Brasil”, diz a nota divulgada pela instituição.
No último dia 16, o Copom optou por manter a Selic (taxa básica de juros da economia) em 11% ao ano, pela segunda vez seguida, após a taxa ter passado por um ciclo de nove altas consecutivas para conter a inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Ao manter a Selic, o comitê indica que elevações anteriores foram suficientes para controlar a inflação.
A ata da última reunião do Copom foi divulgada ontem (24) pelo BC. No documento, a instituição diz que espera por expansão moderada do crédito no país. Para o comitê, o crédito voltado para o consumo passou por uma moderação, de modo que nos últimos trimestres, houve redução de risco para os bancos e de endividamento das famílias.
O Copom também avaliou que a inflação ainda deve manter-se resistente nos próximos trimestres, mas tende a convergir para a meta no futuro, se a Selic, não for reduzida.
As medidas anunciadas pelo Banco Central têm potencial para injetar até R$ 45 bilhões na economia.
Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil
Edição: Nádia Franco