O saldo da entrada e saída de dólares do país, fluxo cambial, fechou junho positivo em US$ 118 milhões, mas iniciou este mês com déficit. Na primeira semana de julho, o saldo negativo chegou a US$ 1,608 bilhão.
Em junho, o segmento comercial (operações de câmbio relacionadas a exportações e importações) ficou negativo em US$ 1,772 bilhão e o financeiro (investimentos em títulos, remessas de lucros e dividendos ao exterior e investimentos estrangeiros diretos, entre outras operações), positivo em US$ 1,890 bilhão.
Neste mês, o saldo negativo vem do fluxo financeiro, com US$ 1,712 bilhão. O fluxo comercial da primeira semana ficou positivo em apenas US$ 105 milhões.
De janeiro a 4 de julho, o fluxo cambial ficou positivo em US$ 2,539 bilhões. O fluxo financeiro registrou saldo negativo de US$ 456 milhões, e o comercial ficou positivo em US$ 2,995 bilhões.
Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil
Edição: Juliana Andrade
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Depois de montanha-russa cambial, real está sobrevalorizado
Cotado em torno de R$ 2,25 por dólar, o real atravessou uma montanha-russa cambial em 20 anos de existência. Na data de sua criação, em 1º de julho de 1994, o real valia exatamente US$ 1. Em outubro do mesmo ano, o dólar chegou a ser cotado a R$ 0,829. Após a crise da Rússia, o câmbio foi liberado e ultrapassou R$ 2 pela primeira vez em fevereiro de 1999. O real, no entanto, atingiu o ponto mais baixo em outubro de 2002, quando o dólar chegou a encostar em R$ 4.