O principal Estado produtor de soja do país iniciou a colheita do grão entre o final de dezembro e começo de janeiro. Em Mato Grosso as colheitadeiras já estão estão nas lavouras para retirada da soja e plantio do milho ou do algodão safrinha. A grande preocupação dos agricultores agora é com o clima, pois a chuva em excesso pode atrapalhar os trabalhos e a falta de precipitação prejudica o desenvolvimento das culturas que forem semeadas.
O ano começou com chuvas em boa parte do Estado e para terminar a primeira semana de 2013, a frente fria que atua no litoral do Sudeste ainda organiza a umidade da Amazônia e as instabilidades sobre o noroeste de Mato Grosso. A chuva nesta região, ocorre a tarde e de uma forma geral, será fraca, mas ainda há o risco de temporais isolados. Nos demais pontos do Estado, a nebulosidade é menor durante o dia e a chuva fraca ocorre no fim da tarde.
Para a colheita, os dias ensolarados com chuvas de fim de tarde são ideais, pois mantém a umidade do solo e permite que os trabalhos sejam realizados. De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a safra 2012/2013 deve ser a maior do Estado, com um crescimento de 13% em relação à safra passada. O órgão estima que sejam colhidas cerca de 24,13 milhões de toneladas. A primeira cidade a iniciar a colheita foi Lucas do Rio Verde-MT, que teve um dezembro seco, mas espera uma melhora durante o Verão.
Na cidade, que fica localizada no médio-norte do Mato Grosso, o último mês teve acumulado de chuva de 100mm, enquanto a média climatológica do período é de 312mm. Isso representa um déficit de chuvas de 68% no município. Segundo o meteorologista da Somar, Celso Oliveira, o que não choveu nos meses da Primavera, deve chover no Verão. Nos próximos 15 dias o acumulado deve passar de 200mm em Lucas do Rio Verde-MT.
A semana termina com previsão de pancadas de chuva no fim da tarde associadas ao calor e a umidade em grande parte da região. As temperaturas seguem elevadas em todo Estado. A previsão climática estendida mostra que algumas invernadas podem se formar no Mato Grosso em fevereiro. “Apenas no sudoeste do Mato Grosso, a precipitação deve ser mais irregular, sendo mais forte em janeiro e mais fraca em fevereiro e março” afirma Oliveira.