O valor dos contratos de locação residencial fechados na cidade de São Paulo ficou praticamente estabilizado (+0,1%) em julho, na comparação com junho de 2012, segundo pesquisa do Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP (Sindicato da Habitação). Nos últimos 12 meses, a alta das locações alcançou 11,87%, a menor variação acumulada no período de 12 meses desde outubro de 2010, quando havia ocorrido uma elevação de 11,77%.
“Apesar da alta acumulada ainda ser superior aos principais índices de inflação, observa-se uma nítida tendência de desaceleração dos preços dos contratos de locação residencial”, diz Walter Cardoso, vice-presidente de Gestão Patrimonial e Locação do Secovi-SP. No caso do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), apurado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e tido como a inflação oficial do País, a alta acumulada entre agosto de 2011 e julho deste ano é de 5,2%. “Mas a evolução de 11,77% representa uma importante retração em comparação com os 19,8% de novembro de 2011”, completa o dirigente.
Em julho, os imóveis que tiveram o maior aumento foram os de 2 dormitórios, que apresentaram acréscimos médios da ordem de 0,3%, relativamente aos aluguéis de junho último. As unidades de 1 e 3 quartos ficaram com seus valores de locação mais ou menos estáveis no período analisado.
O tipo de garantia mais frequente em julho foi o fiador, responsável por quase metade (47%) dos contratos. O depósito de até três aluguéis também foi muito utilizado, pois cerca de dois terços (32,5%) dos locatários preferiram essa modalidade de garantia. O seguro-fiança foi o instrumento jurídico usado por cerca de um quinto dos contratos de locação residencial.
As casas e sobrados foram alugados num intervalo médio de 11 a 31 dias. Já os apartamentos escoaram num ritmo mais lento: o IVL (Índice de Velocidade de Locação), que mede em número de dias quanto tempo leva até o contrato de locação ser assinado, apontou prazo de 18 a 38 dias.